domingo, 31 de julho de 2011

Ensaio - 30/07/11

Por Venâncio Pereira

Dia de explorar nossos corpos com a oficina feita por Laís. Primeiro começamos com uma concentração pra preparar nossos corpos, perguntando como nos sentimos. Em seguida uma saudação ao sol com muito alongamento para melhorar nossa respiração e nosso condiciinamento fisico. Com música soltamos nossos corpos sem respeito aos limites fisicos. No final, com corpos suados,  montamos  a cena em que o Índio conta a história do Caipora.
E você. Como se sente agora?
Dedico essa postagem a todos que fazem de Muructu a realização de um sonho.
  Sei que ainda não estreiamos.E ás vezes alguns podem pensar que só por ensaiarmos uma vez na semana,e mesmo assim umas 3 horinhas,estamos longe disso.Digo que já estivemos mais longe,quando no início éramos 5 ou 6.Vimos algumas pessoas entrarem,darem um pouco de si e involuntariamente alimentarem um pouco do nosso desejo,e depois essas mesmas sairem.
  Cada um tem seus deveres como filho,irmão,marido,amigo...Mas quando firmamos um compromisso,temos ir com ele até o fim.Eu sempre sonhei em fazer teatro,coisa de sonho de infância mesmo,mas nunca tive essa oportunidade.Entrei no grupo com uma mão na frente e a outra atrás,e acho que ainda continuo assim.Sou total iniciante,mas sinto que cresço a cada ensaio,a cada oficina.Conheço cada vez mais os meus limites,minhas habilidades  que muitas vezes duvidei ter,tenho a felicidade de conhecer minha capacidade e minhas deficiências e acredito que com todos seja assim.
  Eu só peço á todos,que continuem firmes nesse compromisso.Problemas pessoais todos nós temos,é compreensível que faltemos uma vez,porém,quando isso se torna rotina,fica difícil do trabalho evoluir.Acredito que o teatro mexe muito com sonhos.Desde o diretor que quebrou a cabeça para escrever a peça e que muitas vezes duvidou se aquele esforço seria recompensado.Passando pelo artista que sempre quis ser reconhecido pelo seu talento.E por último,mas não menos importante,o público,muitas pessoas não têm essa chance de frequentar o teatro,muitas até nunca foram em um e por ser uma peça gratuita,aproveitam essa oportunidade para conhecer esse mundo fantástico,que é alimentado por sonhos.

Por Victoria Leão

terça-feira, 26 de julho de 2011

As Lágrimas de Potira

Por: Brenda Ramos

 
Muito antes de os brancos atingirem os sertões de Goiás, em busca de pedras preciosas, existiam por aquelas partes do Brasil muitas tribos indígenas, vivendo em paz ou em guerra e segundo suas crenças e hábitos. Numa dessas tribos, que por muito tempo manteve a harmonia com seus vizinhos, viviam Potira, menina contemplada por Tupã com a formosura das flores, e Itagibá, jovem forte e valente. Era costume na tribo as mulheres se casarem cedo e os homens assim que se tornassem guerreiros. Quando Potira chegou à idade do casamento, Itagibá adquiriu sua condição de guerreiro. Não havia como negar que se amavam e que tinham escolhido um ao outro. Embora outros jovens quisessem o amor da indiazinha, nenhum ainda possuía a condição exigida para as bodas, de modo que não houve disputa, e Potira e Itagibá se uniram com muita festa. Corria o tempo tranqüilamente, sem que nada perturbasse a vida do apaixonado casal. Os curtos períodos de separação, quando Itagibá saía com os demais para caçar, tornavam os dois ainda mais unidos. Era admirável a alegria do reencontro! Um dia, no entanto, o território da tribo foi invadido por vizinhos cobiçosos, devido à abundante caça que ali havia, e Itagibá teve que partir com os outros homens para a guerra. Potira ficou contemplando as canoas que desciam rio abaixo, levando sua gente em armas, sem saber exatamente o que sentia, além da tristeza de da tristeza de se separar de seu amado por um tempo não previsto. Não chorou como as mulheres mais velhas, talvez porque nunca houvesse visto ou vivido o que sucede numa guerra. Mas todas as tardes ia sentar-se à beira do rio, numa espera paciente e calma. Alheia aos afazeres de suas irmãs e à algazarra constante das crianças, ficava atenta, querendo ouvir o som de um remo batendo na água e ver uma canoa despontar na curva do rio, trazendo de volta seu amado. Somente retornava à taba quando o sol se punha e depois de olhar uma última vez, tentando distinguir no entardecer o perfil de Itagibá. Foram muitas tardes iguais, com a dor da saudade aumentando pouco a pouco. Até que o canto da araponga ressoou na floresta, desta vez não para anunciar a chuva mas para prenunciar que Itagibá não voltaria, pois tinha morrido na batalha. E pela primeira vez Potira chorou. Sem dizer palavra, como não haveria de fazer nunca mais, ficou à beira do rio para o resto de sua vida, soluçando tristemente. E as lágrimas que desciam pelo seu rosto sem cessar foram-se tornando sólidas e brilhantes no ar, antes de submergir na água e bater no cascalho do fundo. Dizem que Tupã, condoído com tanto sofrimento, transformou suas lágrimas em diamantes, para perpetuar a lembrança daquele amor.

sábado, 23 de julho de 2011

Um convite à cultura

Por Abáz Reis

Uma pequena cena que remete ao que vemos todos os dias. Jovens que desconhecem a sua própria cultura. Os livros relegados ao segundo plano, empoeirados nas prateleiras, esquecidos... Devemos conhecer um pouco mais sobre algo tão desconhecido e, ao mesmo tempo, tão nosso. Murucutu, um convite à nossa cultura.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Maquiagem e figurino

Por Laís Prado

Agora que a peça começa a ganhar forma, é hora de pensarmos também no figurino e maquiagem. Cell pediu que buscássemos nossos personagens tanto no jeito de ser, quanto no figurino. Levei algumas idéias e ele pediu pra postar aqui. hahahaha

MAQUIAGEM


No rosto coloquei duas referências de pintura. Uma com preenchimento total dos olhos que lembre asas de uma coruja e a outra com alguns riscos pra dar um olhar mais duro, amedrontador e lembre o olho de coruja. Com uma bola ao redor do olho e os traços na sobrancelha como nas corujas. Na boca coloquei algo pontiagudo pra trazer a idéia de um bico.

Nessa roupa improvisada, cortei parte da camisa e transformei-a em um bolero. Cortando o centro pra ela ter um caimento maior nos ombros e juntar mais o braço ao corpo formando uma asa.


Esse é o olho inspirado na asa da coruja, cuja ponta externa tem uns sulcos e a interna é pontuda aproveitando uma entrada no nariz pra dar uma disfarçada no bonito - corujas não tem nariz. Embora a Matinta não seja uma coruja a todo o momento, quis trazer essa referência pra maquiagem e roupa.


Esse é o outro olho. Esse foi o aprovado por Cell. O outro, ele disse, faz sumir as expressões por ser totalmente preenchido. Já esse eu posso me expressar que não sumirá nada.


Yeahhhhhh!! HAHAHAHA Um pouco da roupa improvisada com a maquiagem. Ah... E o cabelo também. Pintado especialmente. HEHEHE

FIGURINO


Na imagem acima pensei em algo volumoso em baixo pra colocar os alumínios. A propósito, quem tiver aquele alumínio que usa pra preservar o leite ou achocolatado de lata, por favor, junte e me dê. Matinta agradece. Pacotes de miojo, salgadinho também.
Mas voltando... Essa roupa está muito mais para orixá. Talvez pra Iara ficasse melhor.


Essa roupa foi a que mais agradou. Mas ainda acho que não seja exatamente isso. Como a idéia sempre foi ter uma capa, pensei em algo assim. Mas talvez tenha um modelo melhor. E sempre preso com os alumínios e pacotes de salgadinho. Dará brilho e trará barulho. Mas ainda assim, com todas essas idéias... Acho válido dar uma passada em brechó. Acho que pra todo mundo seria interessante, =)

É isso... Fico por aqui.


Ps: QUEM QUER?

domingo, 17 de julho de 2011

Ensaio do dia 16 de julho,

A fria tarde do sábado passou longe de ser um empecilho para a disposição do elenco, ansioso por mais um ensaio. Começamos com um alongamento, respeitando os limites  físicos do nosso corpo...sem deixar de lado o desafio de uma esticadinha a mais. O aquecimento veio em seguida...com exercícios teatrais que podem ser usados, inclusive, na nossa vida pessoal: confiança, dinamismo e cumplicidade. Corpos e mentes aquecidos nos despimos das nossas personalidades, nos entregamos aos nossos personagens. Hora de pegar o roteiro e começar o ensaio pra valer! Sob a orientação de Juceilton Dantas o elenco se dividiu em 2 grupos. Laís Prado e Ozana  Guedes dedicaram-se a uma cena tensa, Rafael Araújo acompanhava o ritmo, refletindo o suspense em notas musicais. Na "sala ao lado" Maiana Dias, Venâncio Pereira, Abáz Reis e Cristiane Ramos repassavam uma cena leve e cheia de humor, talvez uma das que mais expressem a cultura popular nordestina, durante a peça. Uma festa, literalmente. Juceilton migrava entre os dois grupos, horas como músico, horas como diretor de cena, lapidando personagem por personagem :) Finalizamos com a mostra das duas cenas e posteriormente uma roda para analíse da nossa tarde. Momento em que cada ator revela as suas ideias para figurino, cenário, tece críticas construtivas e sugestões para os próximos encontros. Em suma...foi  mais uma tarde maravilhosa de crescimento!!! Ah, só uma observação, não participei das cenas neste dia por causa da tal cirurgia no dente, mas confesso ...que fui privilegiada ...ao assistir tudo isso...com os olhos de espectadora.

* Jovina Guimarães

MURUCUTU - A História do Boi Aruá

MURUCUTU - A História da Matintapereira.

Dinâmica do ombro.

Fotos

Post Por Laís Prado

Quando dei aquela oficina de ginástica circense escrevi um texto pra me lembrar de pontos importantes que me levaram a fazer o curso. O texto nunca foi lido. Porém, foi pincelado durante a introdução da oficina. Mas, depois do ensaio de hoje, acho importante colocá-lo aqui com algumas alterações:

Tive um professor que dizia: “o corpo é o instrumento do ator”. Sendo assim, devemos cuidar muito bem dele e tentar, sempre que possível, aprender algo novo. Porque em todo aprendizado, acima de tudo, descobrimos algo sobre nós mesmos. Como podemos lidar com aquela nova atividade.



Certa vez participei de uma peça em que eu tinha de dançar no começo. Minha mãe assistiu e falou que eu poderia ampliar mais meus movimentos. Estavam pequenos, esteticamente feio e distante do restante do grupo. E isso me faz lembrar do que meu professor – de novo – dizia: “sempre faça o seu melhor”. Se podemos pular muito alto, não tem porque pular baixo. Cabe ao diretor afinar isso. Como Cell falou em um dos ensaios há alguns meses que não nos via buscando o tom do personagem. Que é melhor você exagerar e diminuir do que o caminho inverso.



Quanto ao conhecimento de nós mesmos nos faz saber de nossas limitações, tentar mudá-las e no processo, descobrirmos outras e assim sucessivamente. Sabendo de uma limitação minha, busquei fazer balé. Nunca havia feito dança, muito menos balé. E depois de adulta resolvi fazer. A professora do balé dizia que não tinha problema, pois eu já havia feito karatê e o corpo tem memória.



E é isso o que quero dizer. Para buscarmos cada vez mais nos conhecer. Nos desafiar e tentar aprender algo novo. Por mais que eu não use aquilo, posso usar a habilidade desenvolvida para outro fim.



Fotos - Ensaio 16.07.2011 - Reunião, aquecimento, cenas.

Cell me pediu pra fazer um aquecimento com o grupo recorri aos alongamentos. Uma das atividades físicas que julgo mais importante pra obter amplitude nos movimentos.

Depois um pega-pega que ele já tinha passado pra gente em outro ensaio. Importância de manter o fôlego em dia e nossas atividades cardio-respiratórias no ponto pra qualquer personagem.

Mais pega-pega.

Uma dinâmica que foi trazida por Paulo Batista. Do Sr. Musafá (não lembro se era esse mesmo o nome)

 Mais outra que Paulo Batista levou. Confiança no colega. Correr até aonde acha que pode. O colega salva, mas quem tem confiança o bastante no outro?

Mais outra que Paulo Batista levou: ombro-com-ombro. Coladinho no amigo e andar de olhos fechados. Sentindo o outro.

 Ensaio de cena: a História do Boi Aruá.

 Ensaio de cena: A História da Matinta.

Raphael Araújo: nova aquisição. Diretor musical da peça. 

Cell Dantas: diretor e Boi Aruá? hahaha

segunda-feira, 11 de julho de 2011

MURUCUTU - Improviso de Cena com Panos - Os Mundos - Elemento Ar

MURUCUTU - Improviso de Cena com Panos - Os Mundos - Elemento Fogo

Fotos

Post Por Laís Prado

Ensaio 09.07.2011 - Reunião

 
Victoria Leão e Jeferson Reis

 Laís Prado e Venâncio Pereira

 Venâncio Pereira e Cristiane Ramos de Menezes

 Victoria Leão e Laís Prado

 Maiana Dias e Jeferson Reis

Victoria Leão e Venâncio Pereira

MURUCUTU - Ensaio 18.06.2011 - 1º Ato

MURUCUTU - Improviso de Cena com Panos - Os Mundos - Elemento Terra

MURUCUTU - SEGUNDO MUNDO - Ceci, Curupira e Potira

sábado, 9 de julho de 2011

Ensaio do dia 9 de julho de 2011

Por Laís Prado

Interessante como a cada ensaio vemos tudo se transformar. Uma cena que até então estava apenas no papel vai ganhando forma. Um personagem ganha uma interpretação, os diálogos casam. E aí o processo que passamos vai se afinando.

O ensaio de hoje teve dois pontos importantes: integração dos atores e reunião.
A integração dos atores foi, ao mesmo tempo, uma preparação física, criação de repertório corporal e uma atividade de lazer: futebol. O jogo integrou o elenco e alguns participantes do outro grupo de teatro.

Corpos dispostos, pessoas ofegantes, roupas manchadas, suor, chuva e o sabão da quadra. Contamos com um fator excepcional que deixou o jogo mais difícil e a arte de controle corporal estava ali. Poucos foram os tombos. Muitos foram os risos e gols perdidos. Elenco aquecido, entrosado e pronto pra tomada de decisões. Um novo gás às idéias. Vamos lá.

Reunião.

A reunião de hoje foi um ponto crucial. Depois de todo o processo passado pelo elenco, pudemos definir algumas questões. Como quem vai participar e afinidades com personagens. Quem vai fazer o que. Não há um ponto definitivo ainda. Mas um caminho foi traçado. Alguns já podem desenvolver seus personagens e o jeito de ser deles sem a experimentação e rotatividade que foi necessária pra chegar a isso.

Acredito que a etapa de rotatividade de atores e personagens tenha passado. Agora é a experimentação de cada ator com seu personagem. A busca da sua construção.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Peça remendo remendó!

Pessoal! No vila a partir do dia 09 continuará em cartaz Remendo Remendó, quem tiver interesse pode assistir atravez de uma lista amiga no valor de 5,00. sábado dia 09 talvez fique puxado, mas no domingo é uma boa e quem tá começando agora o fazer teatro é uma boa oportunidade de descobrir o teatro popular. Organizem uma lista e me enviem.


Remendo RemendóImprimir
Remendo Remendó
Teatro infanto-juvenil (Estreia) | A Outra Cia de Teatro
@TeatroVilaVelha
Av. Sete de setembro, Passeio Público s/n, Centro. Salvador. Bahia. Brasil
(71) 3083.4600 / teatrovilavelha@teatrovilavelha.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Estórias e “causos” tecem a costura do espetáculo “Remendo Remendó” bordado com músicas
do cancioneiro popular nordestino.
4 e 5/6 | sáb e dom | 16h
R$ 20 e 10
Sala Principal
Teatro infanto-juvenil | A Outra Cia de Teatro
remendo
Foto: João Milet Meirelles

Muitas cores, música, a cultura popular e a literatura de cordel revisitada. Estes são os elementos que compõem Remendo-Remendó, a mais nova montagem infanto-juvenil d’A Outra Companhia de Teatro, grupo residente do Teatro Vila Velha.

Remendo-Remendó se passa numa pequena cidade do interior quando o prefeito organiza um festival de contadores de histórias. Ele reúne as melhores mentes da região como: suas filhas, a extrovertida Porcia e a intelectual Corisca, o sábio senhor Firmino e o divertido Alexandre, que se desdobram contando suas melhores histórias.

Entre “causos” e estórias é que se costura o espetáculo infanto-juvenil Remendo-Remendó. Entre as obras revisitadas estão os folhetos de cordel que contam um dos casos de João Grilo, e um dos contos do livro “Alexandre e outras histórias”, de Graciliano Ramos. A peça escrita por Inácio D’eus e Cell Dantas foi montada pela primeira vez em 2002, quando foi dirigida pelo próprio Inácio e por Vinicio de Oliveira Oliveira e indicada ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria Melhor Espetáculo Infanto-junvenil.

09 a 31/07 | sáb e dom | 16hR$ 20 e 10Sala Principal